São pequenas gotículas que tocam
Pequenos grãos que escorrem
Lampejos de emoção
Chuvas de lua que escodem
São fibras de esperança
Águas rasas do infinito
Lambendo as conchas
Cuspindo o mundo
São giros de navios
Salvador Dalí que ressuscita
Vozes confusas
Hablas Espanõl?
Sí, como no
O mundo é cíclico
E tudo volta pro mesmo lugar
(ROdriGo VAz)
sexta-feira, 27 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
Perguntas de Um Operário que Lê
Quem construiu Tebas, a das sete portas?Nos livros vem o nome dos reis,Mas foram os reis que transportaram as pedras?Babilònia, tantas vezes destruida,Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casasDa Lima Dourada moravam seus obreiros?No dia em que ficou pronta a Muralha da China para ondeForam os seus pedreiros? A grande RomaEstá cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quemTriunfaram os Césares? A tão cantada BizâncioSò tinha paláciosPara os seus habitantes? Até a legendária AtlântidaNa noite em que o mar a engoliuViu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as IndiasSòzinho?César venceu os gauleses.Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?Quando a sua armada se afundou Filipe de EspanhaChorou. E ninguém mais?Frederico II ganhou a guerra dos sete anosQuem mais a ganhou?
Em cada página uma vitòria.Quem cozinhava os festins?Em cada década um grande homem.Quem pagava as despesas?
Tantas históriasQuantas perguntas
O jovem Alexandre conquistou as IndiasSòzinho?César venceu os gauleses.Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?Quando a sua armada se afundou Filipe de EspanhaChorou. E ninguém mais?Frederico II ganhou a guerra dos sete anosQuem mais a ganhou?
Em cada página uma vitòria.Quem cozinhava os festins?Em cada década um grande homem.Quem pagava as despesas?
Tantas históriasQuantas perguntas
(Bertold Brecht)
sábado, 14 de março de 2009
Senhor Capitão
Lá vem ele com os olhos de quem procura algo
Outros olhos vermelhos apreensivos
As cigarras param o canto
E um dos olhos resolve cantar
Seu canto é envolvente e cativante
E lá vai o senhor capitão com os olhos de quem não encontrou nada
(Rodrigo Vaz)
Outros olhos vermelhos apreensivos
As cigarras param o canto
E um dos olhos resolve cantar
Seu canto é envolvente e cativante
E lá vai o senhor capitão com os olhos de quem não encontrou nada
(Rodrigo Vaz)
A Lua está querendo transar comigo
Chegou toda sedutora
Como se fosse a Vênus renascida
A Eva nua com a maçã na mão
E eu como Adão entregue ao seu desejo
Como Eros entregue ao seu delírio
Me joguei de boca na sua sedução
Jogou o véu vermelho
E lançou sua ostra diante de mim
- Goza, desgraçada!
(Rodrigo Vaz)
Como se fosse a Vênus renascida
A Eva nua com a maçã na mão
E eu como Adão entregue ao seu desejo
Como Eros entregue ao seu delírio
Me joguei de boca na sua sedução
Jogou o véu vermelho
E lançou sua ostra diante de mim
- Goza, desgraçada!
(Rodrigo Vaz)
quinta-feira, 5 de março de 2009
Meu epírito indagador anda dizendo que a Terra é plana e redonda
Acordei com vontade de escrever algo não sei bem o quê, só sei que deu vontade. Ando pensando muito na complexidade das interações humanas e o modo como percebemos o outro. Essa competitividade que nega a figura do outro e coloca o ser humano como produto da separação sujeito-objeto. Aqueles que não possuem o conhecimento na ordem que acreditamos ser a correta são os leigos, ou melhor, os "alienus" e os que tem podem determinar quem é o leigo e quem não é, levando ao individualismo e ignorância e não à interdependência espontânea.
Frases feitas me invadem. Ajudar não é dá aos outros tudo que possui. Opressão leva ao aparecimento dos "outros" esquisitos. Quanto mais certeza você tem, menos você vê. Todo esse pensamento me coloca na posição de desviante, do não-homem normal, pensante e sociável, como são os poetas, as mulheres, as crianças, os loucos e os selvagens, que agem pelo lúdico, pela intuição, pelo instinto, pelo não-linear.
Frases feitas me invadem. Ajudar não é dá aos outros tudo que possui. Opressão leva ao aparecimento dos "outros" esquisitos. Quanto mais certeza você tem, menos você vê. Todo esse pensamento me coloca na posição de desviante, do não-homem normal, pensante e sociável, como são os poetas, as mulheres, as crianças, os loucos e os selvagens, que agem pelo lúdico, pela intuição, pelo instinto, pelo não-linear.
Produz-ação
Acabaram com a escrita
Não se engendra mais linguagem
Não se produzem mais lápis
As palavras não são mais coisas
São produtos reverberados em tela
"Computadores fazem arte
Artistas fazem dinheiro".
(Rodrigo Vaz)
Não se engendra mais linguagem
Não se produzem mais lápis
As palavras não são mais coisas
São produtos reverberados em tela
"Computadores fazem arte
Artistas fazem dinheiro".
(Rodrigo Vaz)
Assinar:
Postagens (Atom)