Táxi na rodoviária. Calmaria nas ruas. Sorveteria em frente a praça. Maternidadade fechada. Restos de pólvora do dia anterior, algumas chamas da fogueira acesa. Que mais pareciam os meus restos... Era difícil imaginar, mas o bom filho a casa retorna!
(Fim de semana em minha cidade natal depois de cinco meses sem vê-la)
rodrigo vaz
segunda-feira, 29 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Mensagem do dia
Acendeu mais um cigarro, olhou-se no espelho. Sentiu o coração palpitar. Há muito que não o sentia. Tocou devagar suas pálpebras. Pulou na cama. Soltou um grito. Vá tomar no cu, disse pra si mesmo. Levantou, vestiu uma calça, calçou o all-star vermelho, colocou uma camiseta. Passou pelo banheiro, mijou no ralo do chuveiro. Voltou para o quarto. Pegou seu vinil predileto. Hoje vou escutar Chico Buarque, falou. Tirou a camiseta, jogou o all-star num canto. Foi na cozinha, pegou uma faca de mesa. Rasgou sua calça. Tomou um gole de café. Comeu umas torradas. Abriu a janela da varanda. Estava chovendo. Lembrou que havia perdido seu guarda-chuva. Puta que pariu, esbravejou. O telefone toca. Mãe, depois falo contigo! Foi à sala, ligou a vitrola. E dançou.
(rodrigo vaz)
(rodrigo vaz)
Vício
Era fã de Almódovar, lia Brecht, cantava Los Hermanos. Sabia que ela não queria nada, mas insistia, a amava muito, sentia por ela algo quase metafísico. Para efeitos de retórica, tentava convencer-se do contrário. Saiu de casa num dia qualquer, largou os amigos. Hoje eu quero só ela, falou. Pegou o ônibus, chegou, chamou, ninguém lhe ouviu. Mentira, um sapo coachou em resposta. Baixou a cabeça, voltou pra parada de ônibus. Havia desistido, quando a avistou se aproximando. De onde vens, perguntou. Acabo de vir da tua casa, gritei teu nome, mas pelo visto não estavas mesmo, acrescentou. E não estava mesmo, tinha ido na lan house da esquina, foi o que disse. Queres ir lá pa casa, ela falou. Sim, ele aceitou. Tens aquele L.A. cereja-menthol, perguntou.
(RodRIgo VaZ)
(RodRIgo VaZ)
quinta-feira, 18 de junho de 2009
(I) MUND (ICE) ou Depois do Chá das Cinco
Belo mundo colorido!
De pessoas brancas, negras, amarelas
PARDAS!
Belo mundo colorido!
De trens que correm pela estação
De pés cansados que estendem a mão
Belo mundo colorido!
De chapéus e ternos
De vestidos e xales
De privada, de xixi
Belo mundo colorido!
De gente drogada
De LSD, cocaína, maconha
De Rede Globo
Drogas, tô fora!
Belo mundo colorido!
Da Suzane Richtofen
Da Isabela Nardoni
Do índio queimado na praça
Belo mundo colorido!
Do Homem que foi à Lua....
(RODRIGO vaz)
De pessoas brancas, negras, amarelas
PARDAS!
Belo mundo colorido!
De trens que correm pela estação
De pés cansados que estendem a mão
Belo mundo colorido!
De chapéus e ternos
De vestidos e xales
De privada, de xixi
Belo mundo colorido!
De gente drogada
De LSD, cocaína, maconha
De Rede Globo
Drogas, tô fora!
Belo mundo colorido!
Da Suzane Richtofen
Da Isabela Nardoni
Do índio queimado na praça
Belo mundo colorido!
Do Homem que foi à Lua....
(RODRIGO vaz)
sábado, 13 de junho de 2009
Ele&Ela
Abra essa janela
E cante
Abra seus olhos
E cante
Solte seu cabelo
E me abrace
Abra seu sorriso
E me encante
Abra sua boca
E deixe eu te beijar
(RODRIGO vaz)
E cante
Abra seus olhos
E cante
Solte seu cabelo
E me abrace
Abra seu sorriso
E me encante
Abra sua boca
E deixe eu te beijar
(RODRIGO vaz)
Parece cocaína
Acordo ouvindo Sentimental de Los Hermanos
Passo a tarde vivendo Dom Quixote, de Engenheiros do Hawaí
De noite, o Anti-Você de Marxuvipano cantarola em meu ouvido
Sorrindo para os amigos, mas é só maconha
Pela madrugada, danço Escurinho e Cabruêra
Parece tristeza, mas é só escape
Acordo ouvindo Sentimental de Los Hermanos
Depois escuto Morena de Los Hermanos
a morena liga
(rodrigo VAZ)
Passo a tarde vivendo Dom Quixote, de Engenheiros do Hawaí
De noite, o Anti-Você de Marxuvipano cantarola em meu ouvido
Sorrindo para os amigos, mas é só maconha
Pela madrugada, danço Escurinho e Cabruêra
Parece tristeza, mas é só escape
Acordo ouvindo Sentimental de Los Hermanos
Depois escuto Morena de Los Hermanos
a morena liga
(rodrigo VAZ)
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