sábado, 19 de setembro de 2009

Dedicatória ou Uma Carta

És como um rio que deságua sob os meus olhos. Aceito o fluxo que percorre o teu corpo. E me entrego as passagens e as nuances do imprevisível. Danço Beatles na vitrola. E depois choro com o jazz. Acompanho as intensidades que permeiam teu território. De cabo a rabo. Sinto o cheiro da tua pele. E a fumaça de maconha me entorpece. Me envolve e me faz gozar com você

Ass. Rodrigo Vaz

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tijolo por tijolo num desenho sólido


Concretamente eu te jogo contra a parede

E te deito na relva queimada

Enquanto fumaças cobrem o céu

Tudo é névoa


Concretamente eu rabisco toda a plataforma do estádio

Com cores vivas

Sob pinturas surrealistas

Dando um cáráter pragmático



Concretamente eu lambisco uma maçã

Procurando alternar a pureza e o pecado

O dever e o direito

A vida e o existir


Concretamente eu justaponho devires

E subjetivo o mundo

Depois escapo...



(rodrigo vaz)


domingo, 6 de setembro de 2009

Volúpia



Era virtuosa


Diferente das outras


Tinha a pele rubra


E o sorriso de Monalisa


Pés delicados de Cinderela


Onde caberia um sapatinho de cristal





Era baixa


Meio gordinha


Olhos castanhos e um olhar genial


Inteligente, mesclava a fluidez de uma medusa


Com a consistência de uma lagosta


Axiomática


(rodrigo vaz)

sábado, 5 de setembro de 2009

Epifânia

Quando a vi uma aréola rosada iluminou o espaço
E o tempo se descortinou no horizonte azulado
A vida ganhara luminosidade cristalina

Cai de joelhos sob teus pés
E agradeci ao deus Eros por ter me enviado algo tão belo
Vênus, Brigite Bardot, Maria Fernanda Cândido?
Não!
Era Epifânia

Sentado em teu colo, toquei delicadamente o seu rosto
E declamei Álvares de Azevedo

(rodrigo vaz)