quarta-feira, 4 de junho de 2008

Convocatória de amor

No meio da noite eu busco o cheiro da tua pele
E num banco de praça eu me afogo em saudades
E o tempo me diz:
"Que fazes aqui ainda, belo boboca! Siga o vento!!!"
E eu respondo:
Como se estou preso
A este impetuoso estribilho que me amarra no banco
Se pelo menos alguma vespa zunisse aqui, mas nem isso

No meio da madrugada,
O galo canta seu ultimo pressagio
Como se anunciasse minhas memorias postumas
E como num encanto de magia, o vento soprou
A vespa zuniu, o estribilho se arrebentou
Eu segui o vento,
Mas a saudade ficou

(Rodrigo Vaz)

Um comentário:

Érika Paiva disse...

Como pode alguém tão belo e singelo,escrever estados d'alma com tanta maestria?Ahhhhhhhhhhhhh,já sei é alguém raro,incomparável,escondido em delicadezas ,em meio às asperezas do mundo.Sim,Rodrigo vaz,poeta das almas desesperadas por um pouco de amor e sonhos.Sim,poetar é acalentar sonhos...Bjs,te amo como sempre!