sábado, 24 de maio de 2008

Monólogo

No maior ímpeto do meu viver, encontrei um buraco negro. Quebrar as regras, não entregar os pontos, apreciar o buraco negro e todo esse caloso espetáculo vivenciado como aranhas em teias à espreita da presa: a "inocente" mosca amedrontada. Onde estaria a "sua mosca amedrontada?" Talvez escondida, o ser humano responderia. Mas pode estar mais clara e apresentável do que a mais bela das camélias da noite. Moscas mariposas são livres na noite, espreitam o buraco negro e por lá ficam, muitas não desvendam seus mistérios e acabam caindo em impetuosos lamaçais, recolhem-se como galinhas ao vivenciarem a solidão do céu escuro. Momentos reflexivos são bastante coerentes com sentimentos de acomodação. Será? Reflexão é submergir-se do real e natural, é alcançar o êxtase superior, o auge impetuoso do "eu" subjetivo, em contrapartida em vivenciar os momentos vividos sob uma atmosfera conservante e ao mesmo tempo desestruturante. A "DESESTRUTURA CONSERVADA" reproduz um eu em estágio de clímax existencial. Dentro do buraco negro é possível emergir-se de dentro para fora e analisar o quão interessante é assistir o espetáculo solitário de si mesmo dentro de si. Aceitar a idéia do eu dentro de um "eu" é o primeiro passo.

Rodrigo Vaz

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