sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Foraclusão

Hoje eu não sinto nada
O dia está verde-claro
As nuvens estão brancas
Como sempre
É tudo tão igual

A menina que passa
A dona do boteco que grita
O bêbado que me pára querendo conversar

Hoje eu não sinto nada
Nem tuas mãos, nem teus olhos
As borboletas voam
O galo canta
O cachorro late
É tudo tão igual

Hoje eu não sinto nada
A vida em tons pastéis
As folhas amareladas
O vômito, e a barriga vazia


Hoje, só por hoje
Eu te prometo não sentir nada

(Rodrigo Vaz)

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