E hoje ele acordou
Tomou café
Comeu um pão
Passou a noite remoendo o agora
E hoje ele acordou
Não tinha pão
Apenas um café ralo
Passou a noite latejando o instante
Durante o dia, um expele golfadas
O outro vomita tortuosos pensamentos
Fluidos e fugazes
Humanos
À noite, um pula
O outro espanta
Um desatina
O outro escapa
Retilíneos, seguem em linha reta
Linha do destino que parece traçada
Apanhados por ela, um aplaude
O outro simplesmente apanha
Na seta que aponta: o estupor
Disperso, renego, nêgo
Bruto que ecoa latidos
Pertubando o sono dos justos
(Rodrigo Vaz)
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