A Lua chegou como ventania
Abriu a porta
E espalhou suas malas pelos cantos
Tinham alças e cheiravam a morangos silvestres
A Lua deitou na Relva e cochilou comigo
Depois riu e voltou a dormir
Acordou e já era tarde
A chuva se esgueirava tentando encobri-la
Eu, como se fosse o Sol, buscava sempre ajudá-la
De dia, conduzia-a ao seu destino
À noite, me retirava para que ela toma-se de conta do meu
E depois de uma semana
A Lua abre a porta
E como estrela cadente parte
Eu volto a qualquer telhado
(rodrigo vaz)
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Podemos ser

Farelo de pão
As raspas de queijo quente na panela
A última colherada da calda da compota de goiaba
Podemos ser
O primeiro beijo do dia
A última transa da noite
O primeiro sopro de vida que alguém possa sentir
Podemos ser
As pontas de lápis que saem das lapiseiras
O giz de cera melado no papel
A tinta guache sujando nossa cara
Podemos ser
A tristeza do poeta
O sorriso de Monalisa
A alegria Sativa
Podemos ser
terça-feira, 22 de junho de 2010
Ante-olhos
na janela de vidro transparente de uma caixa retangular que se chamava ônibus, a menina, com olhos admirados e verdes
o verde demonstrava a sua imaturidade, como fruto que ainda não caiu e que continua preso à mãe árvore
o menino caminhava com olhos comovidos sobre o asfalto encardido, com os óculos: outra janela de vidro transparente
eram humanos, pois nunca revelavam nada por completo, sempre ficavam cifras nas entrelinhas. E faziam questão que elas permanecessem
dormiam e sonhavam com os restos de seus dias que não foram realizados. Nos sonhos, as janelas de vidro se tornavam películas finas
se vestiam como fazem os chamados civilizados, mas a casca não importava muito para eles: a gema é que dava o sabor sempre com alguma pitada de sal
e hoje, ela vê ele. Ele de calça azul confunde-se com a clássica cor do céu, ela ao vê-lo desvia o olhar um instante para as nuvens: estão cinzas
agora começa a chuva, e eles se perdem no infinito como gente só(zinha) reunida
(rodrigo vaz & isa paula)
o verde demonstrava a sua imaturidade, como fruto que ainda não caiu e que continua preso à mãe árvore
o menino caminhava com olhos comovidos sobre o asfalto encardido, com os óculos: outra janela de vidro transparente
eram humanos, pois nunca revelavam nada por completo, sempre ficavam cifras nas entrelinhas. E faziam questão que elas permanecessem
dormiam e sonhavam com os restos de seus dias que não foram realizados. Nos sonhos, as janelas de vidro se tornavam películas finas
se vestiam como fazem os chamados civilizados, mas a casca não importava muito para eles: a gema é que dava o sabor sempre com alguma pitada de sal
e hoje, ela vê ele. Ele de calça azul confunde-se com a clássica cor do céu, ela ao vê-lo desvia o olhar um instante para as nuvens: estão cinzas
agora começa a chuva, e eles se perdem no infinito como gente só(zinha) reunida
(rodrigo vaz & isa paula)
Quando vi o mundo
Belos olhos
E a vida passando
E os sinos tocando
E o mar revoltado
Belos olhos
E o trem saindo
E as irmãs orando
E a música no ar
Belos olhos
E a noite rolando
E o riso rasgando
E nada mais no lugar
(Rodrigo Vaz)
E a vida passando
E os sinos tocando
E o mar revoltado
Belos olhos
E o trem saindo
E as irmãs orando
E a música no ar
Belos olhos
E a noite rolando
E o riso rasgando
E nada mais no lugar
(Rodrigo Vaz)
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Compasso
sábado, 5 de junho de 2010
Vira
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