A Lua chegou como ventania
Abriu a porta
E espalhou suas malas pelos cantos
Tinham alças e cheiravam a morangos silvestres
A Lua deitou na Relva e cochilou comigo
Depois riu e voltou a dormir
Acordou e já era tarde
A chuva se esgueirava tentando encobri-la
Eu, como se fosse o Sol, buscava sempre ajudá-la
De dia, conduzia-a ao seu destino
À noite, me retirava para que ela toma-se de conta do meu
E depois de uma semana
A Lua abre a porta
E como estrela cadente parte
Eu volto a qualquer telhado
(rodrigo vaz)
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