domingo, 19 de setembro de 2010

24 versos

Acorda e toma café
Abre a janela
Vento sopra
Bate a porta
Rua deserta
Sol na cara
Mochila nas costas
Pensamento na noite anterior
Aula chata
Flexões na praça
Verborragias nos corredores
Sua prece é dita em silêncio


Colheres de arroz e feijão
Rápidos passos ao estágio
Mais uma tarde de encontros
Merecidamente humanos
Tensões à flor da pele
O ônibus carrega o peso das mentes cansadas
Exaustas de ignorar tal peso
Mais-valia de mais-valia
Encaminhamentos dados
Pulo no corrimão da noite que balança
E sou embalado por ele a noite toda
Pareço tomar um suco de laranja bem docinho

(rodrigo vaz)