Desejo uma contemplação púbica
E, claro, meter o dedo quando possível
E pôr todos os pingos nos "i"s
Sinto-me como Dom Quixote ao delirar pela sua Dulcinéia
Sigo a procissão que te acompanha
E ensaio gramaticalmente o encontro com teu busto
Durmo sonhando com a dança dos corpos que um dia poderíamos ter
E as formas geométricas fazem parte dessa elaboração onírica
Mas não busco resolver equação matemática alguma
Pois, neste momento quase nirvânico, o somatório dois mais dois é impossível
Na frente do espelho, de chapéu côco, eu fumo meu cigarrinho
Enquanto te observo retirar o sutiã
Como num quadro de Vettriano
(rodrigo vaz)
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