Eram duas meninas
Eram duas crianças
Sempre juntas, entrelaçadas
Tocam-se, abraçam-se
Respiram e metabolisam o amor que sentem
Eram mulheres
Que deitadas na grama
Jogavam o lixo fora
Aquele lixo tirano
Lixo do dia-a-dia
As joaninhas e as formigas param seus afazeres
E contemplam as palavras e as coisas que saltavam das bocas solenes
Os pássaros não cantavam mais
Apenas o vento não cessava
E isso as irritava muito
Talvez ele quisesse saber como elas se chamavam
(Rodrigo Vaz)
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