Acuados pelo silêncio da coruja
Eles esperavam que a Lua fizesse sua prece
E que a estrela de Belém, naquela noite, fizesse sentido
Trazendo mirra e tudo mais que fosse bom
Acuados na esquina da madrugada
Eles juntavam os cacos de seus sonhos
E confessavam seus desejos mais íntimos
Para que a compreensão não fosse apenas a chave de tudo
E criticavam uns aos outros
Ao passo que dançavam ao som abafado do vento noturno
Tremiam e oravam em segredo
Para que nenhum outro corpo os roubasse de si mesmos
Naquele instante, eles eram a manjedoura um do outro
(rodrigo vaz)
Um comentário:
Gostei demais dissso aqui!
Parabéns!
E obrigado pela visita ao Memórias!
Abraços
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